Por que é que o mundo precisa de uma mala como a Gunta?
Numa era de fast fashion e de tendências fugazes, a mala Gunta, feita à mão pela Ownever, surge como um ato de rebeldia: uma obra-prima criada por artesãos portugueses que transmitem as suas competências de geração em geração. Esta mala não é apenas um acessório; é um arquivo vivo do património têxtil e do couro português, uma celebração do design inspirado na escola de Bauhaus e uma lição sobre a criação de luxo responsável.
Do tear manual ao luxo
Fazemos-lhe um convite para entrar na sala do tear antigo com o mestre Fernando, onde a lã, o couro, a história e o coração se fundem para criar uma mala destinada a sobreviver às estações e, muito provavelmente, a quem a usar.
O rico património têxtil português em perspetiva
Muito antes de Portugal se tornar sinónimo de retiros de surf, o norte e o interior montanhoso do país vibravam ao som rítmico dos teares manuais que teciam a lã. Dos pastores da Serra da Estrela que vestiam carismáticos casacos de burel, aos artesãos que fiavam a lã merino, os artífices portugueses sempre trataram os materiais naturais com reverência. Essa reverência vive hoje em dia no coração de pequenos ateliers como aqueles que a Ownever apoia.
Conheça o Fernando, um dos últimos mestres tecelãos
Cada Gunta começa na aldeia serrana de Aboim da Nóbrega, aninhada nas colinas verdes do Minho e celebrada pela sua herança de trabalho na lã.
Fernando aprendeu o ofício com a mãe, que por sua vez dominara a arte do tear sob a sabedoria da sua própria mãe. Há décadas que Fernando aperfeiçoa a sua arte nos teares tradicionais de madeira portugueses em Aboim da Nóbrega. Quando a Ownever o convidou a transpor essas técnicas para uma mala de luxo contemporânea, ele abraçou a colaboração como uma forma de manter viva a tecelagem manual para a próxima geração. Afinal, ele tece histórias sobre todas as gerações que preservaram esta bela e secular técnica de tecelagem de lã.
Aqui a lã é 100% natural. É apenas cardada, não tingida; é usada tal como é. Podem até encontrar-se pequenas texturas de elementos naturais entranhadas na lã, fruto das caminhadas das ovelhas pela natureza, onde fragmentos de plantas se prendem ao pelo.
Quando a lã encontra a elegância do couro
Nenhuma mala de luxo fica completa sem couro que esteja à altura do têxtil. A Ownever utiliza sobretudo couro tingido naturalmente, proveniente de uma curtimenta portuguesa. Os artesãos desenham os moldes, cortam, pintam manualmente as arestas e polem cada peça para garantir durabilidade. O detalhe é visível nas costuras feitas à mão.
A musa da Gunta é a Gunta Stölzl e a geometria da modernidade
A mala Gunta deve o seu nome e o seu design carismático a Gunta Stölzl (1897–1983), a primeira mestre feminina da Bauhaus e uma visionária da arte têxtil. As suas explorações da assimetria equilibrada e da beleza funcional ressoam profundamente com o ethos criativo da Ownever.
- Disposição Geométrica dos Painéis: Os painéis de lã ecoam as tapeçarias abstratas de Stölzl, criando um ritmo visual.
- Paleta Natural: A lã crua, em tons creme, salpicada de pequenas ervas do campo, homenageia a valorização da materialidade autêntica de Stölzl.
- A Forma segue a Função: Tal como Stölzl defendia os têxteis como arquitetura da vida quotidiana, a mala Gunta foi pensada para a elegância do dia a dia - espaçosa o suficiente para um tablet, mas refinada para uma vernissage noturna.
A Ownever usa o couro de um curtimento familiar, onde o processo segue o curtume vegetal, criando um produto alinhado com o compromisso da marca para uma moda circular.
Ao criar a mala, os artesãos pintam manualmente as arestas em múltiplas camadas, polindo cada passagem para maior resistência. Cada costura é finalizada com uma técnica de costura mais forte do que a feita à máquina.
A forma segue a função
Tal como Stölzl defendia os têxteis como arquitetura do quotidiano, a mala Gunta é concebida para a elegância de todos os dias: suficientemente ampla para um tablet, mas sofisticada para um evento cultural. O mantra da Ownever - “Luxo que dura mais do que as tendências” - não é apenas um slogan: manifesta-se em ações concretas.
A mala Gunta oferece uma experiência que as máquinas não conseguem replicar
A mala Gunta da Ownever é mais do que um acessório de luxo; é um elo entre épocas, artesãos e clientes. Cada fio da teia, cada ponto de costura e cada pátina contam uma história, que começa numa sala de tear de uma aldeia serrana e viaja agora para onde quer que vá.
Ao escolher a mala Gunta, investe numa linhagem artesanal que valoriza as pessoas acima do lucro e o legado acima do desperdício. Preparada para levar a história ao ombro?
